A Abin (Agência Brasileira de Inteligência) enviou com dias de antecedência ao ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB-MA) documentos com alerta de possíveis invasões e ações violentas nos prédios dos três poderes, em Brasília. As informações foram divulgadas pelo jornal Folha de São Paulo nesta sexta-feira (28).
O então chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Gonçalves Dias, também foi informado com antecedência, de acordo com documentação oficial.
Segundo a reportagem, o relatório que apontava os alertas da Abin foi encaminhado à Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência do Congresso Nacional no dia 20 de janeiro.
Mais detalhes da reportagem indicam que o parecer da Abin foi enviado inicialmente para a Diretoria de Inteligência do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Em seguida, a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal também ficaram cientes.
De forma simultânea, a apuração do órgão foi enviado ao celular do general Gonçalves Dias (GSI) dois dias antes da invasão, no dia 6 de janeiro.
Ministro Flávio Dino e Gonçalves Dias foram alertados com antecipação
Menos de 24 horas antes dos ataques acontecerem em Brasília, mais informações foram liberadas às autoridades. De acordo com a Folha de S. Paulo, às 10h30 tanto o GSI como o Ministério da Justiça foram alertados para a chegada de 18 ônibus no Distrito Federal.
“Mantêm-se convocações para ações violentas e tentativas de ocupações de prédios públicos, principalmente na Esplanada dos Ministérios”, aponta a mensagem.
Já no dia 8 de Janeiro, o “general do Lula”, Gonçalves Dias, recebeu um aviso às 8h53 da manhã – novamente, em seu celular.
O texto apontava que cerca de 100 ônibus estavam em Brasília para “os atos previstos na Esplanada”.