Ministro do Trabalho, Luiz Marinho, quer implantar jornada de 4 dias de trabalho nas empresas – mas sem o corte de salários
Após afirmar que empresas como Uber e Ifood podem ser substituídas pelos serviços dos Correios, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho (PT), já admite levar até o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a ideia de reduzir a jornada de trabalho para 4 dias semanais ao invés de 5, sem que os salários fossem comprometidos.
A sugestão foi apresentada por Marinho durante sessão na Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal.
“Eu acredito que passou da hora de discutir. Não tratei disso com o presidente Lula. É a minha opinião, não do governo. Mas tenho certeza de que o presidente Lula não iria bloquear um debate, em que a sociedade reivindique que o Congresso analise a possibilidade de redução da jornada de trabalho”, apontou Marinho.
“Sem redução dos salários, evidentemente. Eu acho que a economia brasileira suportaria”, complementou.
Proposta de ministro se baseia em “teste internacional”
Segundo Luiz Marinho, a proposta que será apresentada ao executivo é baseada em um programa-piloto adotado por 20 empresas brasileiras que implementaram como teste a jornada reduzida. A iniciativa, entretanto, não é nacional. Desde 2019, a Nova Zelândia já usa o sistema de 4 dias de trabalho, em uma ação que ganhou força com a pandemia de covid-19.