Ministro do GSI, Gonçalves Dias, aparece em imagens divulgadas nesta quarta-feira (19) pela CNN
Um fato que acaba de vir à tona nesta quarta-feira (19) pode alterar o rumo das investigações sobre os atos de 8 de Janeiro.
De acordo com apuração feita pelo canal CNN, analisando as mais de 160 horas de imagens capturadas pelo sistema de vigilância, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Gonçalves Dias, estava no terceiro andar do Palácio do Planalto, enquanto o prédio era alvo de depredações no início de janeiro.
A revelação proporcionada pela emissora com sede em Atlanta, nos Estados Unidos, acontece um dia depois de o senador Rodrigo Pacheco adiar mais uma vez a leitura do requerimento da CPMI do 8 de Janeiro.
Os registros feitos por uma das 22 câmeras do circuito interno da sede do governo federal apontam ainda que Gonçalves Dias aparece primeiro isolado, em um local próximo a sala onde o presidente da República despacha.
Ministro aparece abrindo portas para os invasores do Planalto
Na captura visual, Gonçalves Dias surge mais tarde tentando abrir duas portas do local, e depois entra no gabinete usado por Lula. Em seguida, mais imagens revelam o chefe do GSI pelo corredor, caminhando ao lado de invasores. Supostamente, Gonçalves Dias estaria indicando uma rota de fuga para os suspeitos.
Outras imagens do interior do Palácio do Planalto expõem membros do governo Lula auxiliando pessoas que estavam no recinto. Entre eles, um capitão do Exército, membro do próprio GSI. Segundo descrição feita pela emissora, ele teria dado garrafas de água aos “terroristas” (segundo definição do STF) que ocuparam a sede do Executivo.
O material obtido pela CNN também revelou que os vândalos quebraram as mesmas câmeras que gravaram o ministro circulando pelo terceiro andar. Foi nesse espaço que o relógio Balthazar Martinot, doado pelo rei Dom João VI no século 17, foi quebrado por Antonio Claudio Alves Ferreira, preso em Minas Gerais duas semanas após as depredações.
Até 12h36 desta quarta-feira, o site oficial de notícias do Governo Federal, a Agência Brasil, não havia publicano nenhuma nota sobre o conteúdo revelado pela CNN.