Após faltar em audiência, a ministra do Meio Ambiente terá, por lei, de comparecer ao Senado para prestar esclarecimentos
O colegiado que compõe a CPI das ONGs do Senado decidiu convocar a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede-SP), para explicar a atuação de organizações na região da Amazônia. Após faltar no compromisso marcado para esta terça-feira (21), alegando ter se comprometido a comparecer na Câmara dos Deputados, a CPI transformou o convite anterior em convocação, o que obrigará a presença da ministra na audiência.
“Isso aqui é uma CPI e, por mais que tenhamos compreensão, a resposta não nos foi convincente e a ministra não nos deixou nenhuma alternativa de data para vir como convidada. Chegamos até o último momento esperando Marina, mas agora não será mais possível sua vinda como convidada e a opção que tivemos foi colocar em votação o requerimento de convocação”, ressaltou o presidente da CPI, senador Plínio Valério (PSDB-AM).
Marina culpa Bolsonaro pelos incêndios descontrolados no Cerrado
Durante participação em audiência na Comissão de Agricultura da Câmara, Marina Silva acusou o governo de Jair Bolsonaro de ter reduzido o orçamento do Ministério do Ambiente. Com o corte, segundo ela, tem sido mais difícil combater o recorde de incêndios ocorridos na região do Cerrado, no Centro Oeste. Em seu depoimento aos parlamentares, a ministra também colocou a culpa no fenômeno do “Super El Niño” pelo aumento das queimadas na Amazônia.
“Aumentamos o número de brigadistas. O aumento do Ibama de brigadistas foi de 17%, no ICMBio foi de 5%, e trabalhamos muito para treinar essas pessoas”, afirmou Marina. “Isso é uma operação de guerra, temos 9 estados em que tivemos problemas de incêndio em função do El Nino e problemas do clima”, justificou.