O deputado Filipe Barros pediu ao Itamaraty mais detalhes sobre o conteúdo dos acordos bilaterais entre Brasil e França firmados durante a passagem de Emmanuel Macron pela Amazônia
O deputado federal Filipe Barros (PL-PR) enviou um requerimento ao Itamaraty para que o povo brasileiro tenha conhecimento do conteúdo da maior parte dos acordos assinados entre o Brasil e França na passagem do presidente Emmanuel Macron pelo país na semana passada.
“Graças ao nanismo diplomático de Lula, a soberania nacional corre o risco de ser trocada por um passeio de mãos dadas pela floresta – criticou Filipe Barros.
O Ministério das Relações Exteriores não revelou detalhes dos acordos bilaterais assinados pelos líderes. Apenas 3 dos 20 compromissos tiveram algum conteúdo aberto à imprensa. Ainda assim, todos de aspecto ambíguo.
São eles: a preservação dos povos originários, fortalecer o regime democrático e impulsionar o multilateralismo; modernizar a relação das Justiças francesa e brasileira e a retomada do Centro Franco-Brasileiro de Biodiversidade Amazônica.
Acordos entre Lula e Macron são mantidos em sigilo
Já entre os 17 acordos “secretos” entre Brasil e França firmados na última quarta-feira (27), destaque para a Declaração de Intenções sobre Diálogo para Transição e Segurança Energética e Minerais Estratégicos. Nada mais foi divulgado além do título.
Em suma, o acordo pode ser uma janela para que a França possa ter acesso a minerais abundantes na Amazônia, como ferro e urânio.
Em tempo: em setembro de 2023, o embaixador da França chegou a ser expulso de Níger, após a ocorrência de um golpe de estado.. Níger – vale destacar – costumava ser a fonte principal do urânio usado nas usinas energéticas francesas.