Lula disse em evento realizado na Colômbia que “não se faz política” sem a participação de quem conhece a floresta Amazônica
O ‘presidente’ Luiz Inácio Lula da Silva (PT) admitiu no sábado (8) durante evento técnico sobre a Amazônia na cidade de Letícia, na Colômbia, que pretende criar mais cargos para “preservar o meio ambiente da região’.
A nova leva de funções teria como objetivo compor três órgãos: o Fórum de Cidades Amazônicas, o Parlamento Amazônico e o Observatório Regional da Amazônia. Este último, seria fundado para “monitorar” todos os eventos na floresta, incluindo a área internacional em mais cinco países: Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana e Peru
“É preciso valorizar o papel dos prefeitos, governadores e parlamentares. Não se faz política pública sem participação de quem conhece o território. Para isso, queremos formalizar o Foro de Cidades Amazônicas e o Parlamento Amazônico”, afirmou Lula, ao lado do presidente da Colômbia, Gustavo Petro.
Lula quer “mais representatividade”
No evento, Lula ainda criticou os “países ricos”, apontando que o Brasil precisaria ter “mais representatividade” na questão ecológica das florestas naturais.
“Quem tem as maiores reservas florestais e a maior biodiversidade merece maior representatividade. É inexplicável que mecanismos internacionais de financiamento, como o Fundo Global para o Meio Ambiente, que nasceu no Banco Mundial, reproduzam a lógica excludente das instituições de Bretton Woods. Brasil, Colômbia e Equador são obrigados a dividir uma cadeira do conselho do Fundo, enquanto países desenvolvidos, como Estados Unidos, Canadá, França, Alemanha, Itália e Suécia, ocupam cada um seu próprio assento. Em outros foros, nossa visão também precisa ser levada em conta”, afirmou.