Lula apelou ao MST que “espere aceno” do governo para poder ocupar terras “improdutivas”. Grupo preferiu convocar integrantes para novas ações
A CPI da Câmara dos Deputados – que investiga as invasões de terras privadas e financiadores de ataques no campo – ganhou nova motivação após “convocação” feita por seu maior aliado.
No primeiro episódio da live semanal exibida na terça-feira (13) pela Empresa Brasileira de Comunicação, o ‘presidente’ Luiz Inácio Lula da Silva (PT) praticamente afirmou que irá intervir no patrimônio privado a favor Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Mesmo com o forte aceno, o MST decidiu ignorar a fala do petista, prometendo novas ações para combater a CPI que apura suas atividades.
Após dizer que “irá fortalecer as pequenas e médias propriedades e o agronegócio”, Lula apelou ao grupo liderado por João Pedro Stédile “para não invadir mais, pois nós vamos discutir a ocupação dessa terra”.
“Não precisa mais invadir terra. Se quem faz o levantamento da terra improdutiva é o Incra, o Incra que comunique o governo quais são as propriedades improdutivas que existe em cada estado brasileiro e a partir daí, nós vamos discutir a ocupação dessa terra. É simples. Não precisa ter barulho, não precisa ter guerra. O que precisa ter é competência e capacidade de articulação”, orientou Lula.
Lula pede. MST ignora
Após a live “Conversa com o Presidente”, que reuniu cerca de 6 mil usuários simultâneos em diversos canais do governo federal na internet, o MST decidiu responder ao “convite” feito por Lula.
“Ocupar a terra é defender a natureza porque o MST tem um projeto: reforma agrária popular” – postou o grupo nas redes sociais, convocando seus membros para uma nova ação em território nacional “em combate à CPI”.
A mensagem foi apenas uma das 53 escolhidas para o manifesto em forma de “tuitaço”.
⚠️ CONTAGEM REGRESSIVA: Tuitaço em 15 minutos!
Quem tá junto retuita aqui! 👀— MST Oficial (@MST_Oficial) June 13, 2023