Lula lamentou as mortes em Israel, mas evitou escrever o nome do grupo terrorista Hamas. No passado, o petista já demonstrou total apoio à Palestina, inclusive com ajuda financeira
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou “estar chocado” com o massacre causado pelo grupo terrorista Hamas ao povo israelense. Financiado pelo Irã, o Harakat Al-Muqawama al-Islamia (sigla em árabe que significa movimento de resistência islâmica) já provocou quase 1000 mortes de civis e militares do país desde sábado (7).
Embora tenha demonstrado repúdio às mortes, o chefe do executivo não citou o nome da organização palestina em sua postagem no X (ex-Twitter). Em 2022, o Hamas chegou a parabenizar Lula pela vitória nas eleições.
Fiquei chocado com os ataques terroristas realizados hoje contra civis em Israel, que causaram numerosas vítimas. Ao expressar minhas condolências aos familiares das vítimas, reafirmo meu repúdio ao terrorismo em qualquer de suas formas.
O Brasil não poupará esforços para…
— Lula (@LulaOficial) October 7, 2023
Em vez disso, o petista tentou colocar panos quentes, destacando que usará sua posição como presidente temporário do Conselho de Segurança da ONU para “negociar” entre as partes o fim do conflito. O presidente também se mostrou favorável a um estado palestino “economicamente viável”.
Posição anti-Israel de Lula é antiga
A parcialidade de Lula favorável à Palestina – mais precisamente à organização terrorista Hamas – não é uma novidade. Em 2010, durante seu segundo mandato, ele já demonstrava grande interesse em “conversar” com o grupo radical.
“O que o povo palestino mais precisa e deseja é o direito de ser representado por uma só voz na mesa de negociação. Uma voz firme e uníssona, mas também equilibrada e moderada. “Sem unidade, não haverá vencedores, mas só perdedores. Os palestinos continuarão sendo um povo sem fronteiras, e Israel continuará a se sentir ameaçado”, declarou.
A declaração completa de Lula ao Estado de S. Paulo foi arquivada pelo Senado Federal. Na mesma reportagem, o jornal também classifica os terroristas do Hamas como um “partido político”.
Naquele mesmo ano, Lula enviou R$ 25 milhões para a Autoridade Palestina. Sem citar nomes, o então ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse que “não se tratava de ajudar um grupo ou outro”.
“É dinheiro para um fundo que vai trabalhar na reconstrução de Gaza. Não é dar dinheiro para um grupo ou outro, mas para um fundo administrado pelas Nações Unidas”, declarou.