Lula abre o cofre e Câmara se apressa para votar texto da reforma tributária. Proposta que estará na pauta desta quinta-feira (6) deverá ter alterações
Depois que o ‘presidente’ Luiz Inácio Lula da Silva (PT) liberou mais R$ 2,1 bilhões do orçamento secreto para a Câmara dos Deputados, o presidente da casa, Arthur Lira (PP-AL) convocou os parlamentares – de forma relâmpago – para iniciar a leitura do texto da reforma tributária, que deverá ser votada em primeiro turno nesta quinta-feira (6).
Para ser aprovada, a PEC 45/2019, de autoria do deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP) – ironicamente, o derrotado por Lira na eleição para presidente da Câmara – precisará de 308 votos favoráveis.
Lula paga alto e votação acontecerá quinta-feira
O relator da reforma, deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) iniciou a leitura da proposta, que chega com uma série de emendas, em relação ao texto-base original. A principal delas deverá ser a promessa de “alíquota zero” para produtos da cesta básica.
Ribeiro anunciou a alteração, dizendo que ele mesmo não votaria na reforma se “os mais pobres fossem prejudicados”.
“Para ninguém dizer que vamos pesar a mão sobre os pobres. Se fosse assim, eu votaria contra a reforma, porque não vou votar contra os mais pobres”, afirmou o relator.
Oposição se revolta contra celeridade da votação
O texto de 142 páginas apresentado na para explicar as sugestões de alterações da PEC foi colocado para leitura no plenário às 20h30. Deputados da oposição afirmam que não houve tempo hábil para apreciação do conteúdo.
“…O texto final possui 142 páginas e subiram o documento para o sistema com apenas 20 MINUTOS de antecedência. Sim, eles nos deram poucos minutos para que pudéssemos ler 142 páginas e analisar todos os pontos. Lógico que isso é humanamente impossível, mas Lira bateu na mesa e mesmo assim deu continuidade”, tuitou o deputado Daniel Freitas (PL-SC).
Explicar o que acabou de acontecer:
Arthur Lira abriu a Ordem do Dia há pouco e na pauta, a reforma tributária. Imediatamente protocolamos um requerimento de retirada de pauta, o qual foi rejeitado. Dessa forma, deu-se início na discussão sobre a reforma. ACONTECE QUE o texto…
— Daniel Freitas (@DFDanielFreitas) July 6, 2023