O ‘presidente’ Luiz Inácio Lula da Silva apresentou no Teatro Municipal do Rio de Janeiro o cronograma de investimentos que prevê resgatar milhares de obras não concluídas – ou sequer iniciadas – nos governos Lula 2 e Dilma
Com direito a cenário e projeção de efeitos visuais, o governo Lula lançou nesta sexta-feira (11) no Teatro Municipal do Rio de Janeiro a terceira encarnação do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento – originalmente criado no segundo mandato do petista em 2007.
A previsão é de que a versão “repaginada” do plano invista quase R$ 2 trilhões (montante superior ao PIB brasileiro) em obras nos setores de transportes, energia, infraestrutura urbana, inclusão digital, energia e saneamento. Analistas apontam que empreiteiras e aliados políticos deverão ser os primeiros a serem beneficiados com contratos e cargos.
A empreitada bilionária de Lula, entretanto, já nasce com diversos problemas antigos, como milhares de obras dos PAC 1 e PAC 2 que não foram sequer iniciadas, além de medidas aprovadas em gestões anteriores.
No caso dos investimentos da Petrobras, 47 projetos sancionados por Jair Bolsonaro entre 2019 e 2020 estão de volta ao PAC 3.
Por volta de 2016, após o impeachment de Dilma Rousseff (PT), uma pesquisa feita pelo Instituto Trata Brasil revelou que um quarto das 340 obras de saneamento básico do PAC 1, lançado por Lula em 2007, estavam paradas ou sequer foram iniciadas pelo governo.
Lula tentará resgatar obras do PAC que sequer saíram do papel
No segmento de transportes, um dos marcos do PAC que sequer saiu do papel foi o TAV – Trem de Alta Velocidade, planejado para levar passageiros na rota São Paulo-Campinas-Rio de Janeiro. A obra, prevista para ser inaugurada antes da Copa do Mundo de 2014, ficou apenas na promessa da então presidente Dilma Rousseff.