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Lula ignora dívidas de Cuba e anuncia parceria em “soberania” e “segurança alimentar”

Cuba

Apesar de acumular débitos de quase R$ 3 bi, Cuba garante acordos de parceria com governo brasileiro, incluindo nas áreas de “soberania” e “segurança alimentar”

Governada pelo comunista Miguel Diaz-Canel –  herdeiro direto das ideias revolucionárias de Fidel Castro – Cuba é um dos países que mantém atrás das grades centenas de presos políticos. Desde 2021, cerca de 700 pessoas ainda estão detidas somente por protestar contra o regime.

Apesar da ausência total de democracia, o governo brasileiro acaba de deixar a ilha com novos acordos nas áreas de agricultura, saúde, ciência e tecnologia.

Na passagem por Havana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e comitiva de ministros reforçaram  parcerias que preveem, de forma paradoxal, troca de conhecimentos nas áreas de “governança  da terra”, “soberania”  e “segurança alimentar”. Ao menos que estes itens sejam direcionados à casta privilegiada buana, são práticas inexistentes para o restante da população.

Segundo o protocolo assinado pelo ministro do Desenvolvimento Agrário (conhecido como o ministério do MST), Paulo Teixeira, estão previstas colaborações e troca de informações técnicas nas áreas de sementes e mudas, agricultura de conservação, agricultura urbana, produtos alimentares prioritário uso eficiente da água, e o curioso item  “cadastro e gestão da terra”.

Cuba tem histórico de calotes

Além dos quase R$ 3 bi em dívidas acumuladas com o Brasil (há divergências sobre o débito real), Cuba tem um longo histórico de dívidas com países sul-americanos. 

Com a Argentina, por exemplo, existem acordos não contemplados desde 1974. Há cerca de 50 anos, o governo cubano adquiriu milhares de veículos por cerca de US$ 1.3 bilhão. Convertida pela inflação, a dívida estaria em mais de US$ 15 bilhões.

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