Lula teria reunião “secreta” com o ditador Nicolás Maduro, em um evento onde o Itamaraty preferiu excluir os Estados Unidos – um dos maiores doadores do Fundo Amazônia
O Ministério das Relações Exteriores confirmou que os Estados Unidos não foram convidados para a Cúpula da Amazônia, que terá início nesta terça-feira (8) em Belém, capital do estado do Pará. Segundo o Itamaraty, o motivo da ausência da comitiva norte-americana no evento teria sido uma “questão de logística”.
De acordo com a versão oficial, foram priorizados os países da OTCA – a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica, que tem como membros Bolívia, Colômbia, Guiana, Equador, Peru, Suriname e Venezuela.
Embora justifique a exclusão dos EUA da lista de convidados, o evento – que acontecerá até quarta-feira (9) – contará com nações não associadas ao bloco, como Noruega, Alemanha e França. A França de Emmanuel Macron foi convidada, segundo o governo brasileiro, pela ligação do país com a Guiana Francesa. Entretanto, a Guiana Francesa não faz parte da OTCA.
Já Noruega e Alemanha entraram na lista VIP de Lula graças às doações expressivas que foram retomadas após sua volta ao poder. O mesmo critério financeiro, entretanto, não se aplicou ao país comandado por Joe Biden. Os Estados Unidos recentemente doaram cerca de R$ 2.5 bilhões para o Fundo Amazônia, mas ficou de fora.
Lula teria encontro privado com Maduro
Além da exclusão dos EUA da Cúpula da Amazônia, o ‘presidente’ Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reservou sua agenda para encontros separados com os presidentes de Peru e Bolívia. Já Nicolás Maduro, que havia confirmado presença, cancelou o compromisso, alegando “dor de ouvido”.
O encontro com Maduro seria o segundo em menos de dois meses – e o primeiro desde que o ex-agente da inteligência Bolivariana, Hugo “El Pollo” Carvajal foi extraditado para os Estados Unidos.