Lula já elogiou inúmeras vezes o Partido Comunista Chinês e disse admirar líderes da revolução da esquerda radical latino-americana, como Fidel Castro. “Ele foi o maior de todos”, ratificou o petista
O presidente do Superior Tribunal Militar (STM), ministro Joseli Parente Camelo, afirmou no último domingo (23) que o ‘presidente’ Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “jamais foi comunista”. O petista, segundo ele, sempre foi um “líder sindical”. A fala de Camelo ao UOL, entretanto, não se encaixa com declarações do próprio Lula através dos anos.
Lula, Castro e o comunismo
Ao se despedir do ditador Fidel Castro, morto em 26 de novembro de 2016, Lula afirmou que seu amigo cubano “foi o maior de todos os latino-americanos”, destacando o primeiro encontro com Fidel em 1980.
“Eu o conheci pessoalmente em julho de 1980, em Manágua, durante as comemorações do primeiro aniversário da revolução sandinista”, escreveu Lula.
“Mantivemos, desde então, um relacionamento afetuoso e intenso, baseado na busca de caminhos para a emancipação de nossos povos.
“Sinto sua morte como a perda de um irmão mais velho, de um companheiro insubstituível, do qual jamais me esquecerei”, completou.
Durante o mais famoso discurso de Fidel Castro, após a invasão norte-americana da Baía dos Porcos em 1961, Castro ratificou o intuito do golpe de estado dado em 1959 e a implantação do comunismo.
“É isso que eles não podem nos perdoar, que estamos bem ali e que fizemos uma revolução socialista bem debaixo do nariz dos Estados Unidos!”, afirmou Castro.
Partido Comunista Chinês ganha elogios de Lula
Já em 2021, foi a vez de Luiz Inácio Lula da Silva celebrar o desemprenho do Partido Comunista Chinês. Em entrevista ao jornal Guancha para marcar os 100 anos da sigla, Lula elogiou o poder de comando da legenda
“A China é capaz de lutar contra o coronavírus tão rapidamente porque tem um partido político forte e um governo forte, porque o governo tem controle e poder de comando. O Brasil não tem isso, nem outros países”, concluiu.
Lula assume o comunismo no Foro de S. Paulo
Na cerimônia de abertura da cúpula do Foro de São Paulo, no Hotel San Marco, em Brasília, Lula afirmou gostar de ser chamado de comunista.
“Nós não somos vistos pela extrema-direita fascista, nem do Brasil, nem do mundo, como organizações democráticas”, descreveu Lula. “Eles nos tratam como se nós fôssemos terroristas. Eles nos acusam de comunistas, como se nós ficássemos ofendidos com isso.
(…) Nós ficaríamos ofendidos se nos chamasse de nazista, neofascista, de terrorista. Mas, de comunista, de socialista, nunca. Isso não nos ofende. Isso nos orgulha muitas vezes”, completou.
