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Lula corta imposto na canetada. Indústria já afirmou que medida é “inútil”

Lula tenta ressuscitar “carro popular” com redução de IPI e PIS/COFINS. Anfavea já admitiu que corte “não reduz preços dos veículos”

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, anunciou que o governo Lula irá reduzir impostos para a aquisição de veículos com valores até R$ 120 mil. A expectativa é de que o corte no PIS/COFINS e IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) ofereça descontos entre 1,5% e 10,8% no preço final.

A medida para o setor não é nova. A estratégia de cortar preços na canetada foi, literalmente um dos carros-chefes de Lula entre 2008-2009 e da “companheira” Dilma Rousseff.

Em 2012, a presidente chegou a reduzir os impostos em duas oportunidades para “aquecer” a indústria automobilística.
“Queria fazer um anúncio para vocês antes de encerrar: eu hoje vim aqui também anunciar que nós vamos prorrogar a redução do IPI até 31 de dezembro de 2012”, exaltou Dilma.

Lula e Dilma reduziram IPI mas Bolsonaro foi barrado pelo STF

Em 2022, o governo Jair Bolsonaro anunciou que reduziria os impostos na Zona Franca de Manaus par aquecer o mercado. A medida foi barrada no STF, por decisão de Alexandre de Moraes.

A CUT comemorou a decisão do Supremo e até entrevistou economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) para dizer que cortar o IPI “não reduz preço dos produtos”.

“A própria Anfavea [Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores] admitiu que a redução desse imposto acarretaria, no máximo na redução de 1% no preço final de um veículo fabricado no Brasil. Temos experiência no país que não deu certo.

A maioria dos empresários, na verdade, aumentou a sua margem de lucro e não repassou o benefício para o consumidor. É super frágil esse argumento de que a redução do IPI vai reduzir o preço para o consumidor final”, disse Renata Filgueiras

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