Lula volta a mirar o agro em “cruzada ambiental”. Setor já adota técnicas rigorosas para a preservação do solo após colheita
O ‘presidente’ Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a mandar um forte recado para o setor do agronegócio brasileiro. Em discurso abordando o Dia Mundial do Meio Ambiente realizado no Palácio do Planalto, em Brasília, Lula afirmou que os agricultores que cometerem “danos ambientais” ficarão sem poder captar linhas de crédito do governo federal.
“A partir de agora, o financiamento agrícola e pecuário apoiará o aumento da produtividade e a recuperação de solos degradados. Mas seremos duros ao restringir qualquer tipo de crédito a quem violar as leis ambientais”, prometeu o petista.
Em outra parte do discurso, Lula disse que a fiscalização será exigente e classificará eventuais erros como “crimes ambientais”.
“Os recursos públicos existem para fomentar o desenvolvimento do país, o aquecimento da economia. Mas nunca – repito: nunca – para financiar o crime ambiental. Quem insistir na prática de ilegalidades não terá acesso ao crédito e estará sujeito aos rigores da lei”, ratificou.
Lula mira o agro, mas setor tem evoluído na preservação do solo
Em 2020, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) preparou uma extensa documentação sobre sustentabilidade no agronegócio. As diretrizes foram entregues ao governo do então presidente Jair Bolsonaro para exposição na 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26), realizada em novembro daquele ano.
Além das ações de preservação ambiental já praticadas pelo agro, o Ministério do Meio Ambiente divulgou diversas condutas adotadas pela gestão Bolsonaro como o plano de Adaptação às Mudanças Climáticas para a Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura. O AMCCEBC inclui medidas como uso de tecnologias para diminuir o impacto ambiental na agropecuária.
Entre elas, a floresta plantada, recuperação de pastagens, plantio direto, Fixação Biológica de Nitrogênio no solo, manejo de dejetos de animais e integração Lavoura-Pecuária-Floresta.