Lula volta a atacar a direita, elogiar a ocupação da esquerda na América Latina e afirmar ter “orgulho de ser comunista”. Grupos chegaram a protestar contra o Foro de S. Paulo na frente do hotel San Marco, em Brasília
Em mais um desfile de ataques e confissões ignoradas por anos pela mídia, o ‘presidente‘ Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discursou na abertura da 26ª edição do Foro de São Paulo no Hotel San Marco, em Brasília, que neste ano abordará o tema “Os atuais desafios da integração regional latino-americana e caribenha”. Pela manhã, grupos chegaram a protestar contra o evento em frente ao hotel.
Lula ataca a família e os costumes
Durante dez minutos, Lula – co-fundador do grupo ao lado do ditador cubano Fidel Castro – passeou por temas que, de fato, são abordados pelo petista em todas suas entrevistas. Entre eles “fascismo”, ataque a políticos da direita e elogios aos socialistas.
“Aqui no Brasil, nós enfrentamos o discurso do costume, o discurso da família, o discurso do patriotismo. Ou seja, aqui nós enfrentamos o discurso que a gente aprendeu a historicamente combater”, atacou Lula.
“Eles nos acusam de comunistas achando que nós ficamos ofendidos com isso. Nós não ficamos ofendidos. Nós ficaríamos ofendidos se nos chamassem de nazista, de fascista, de terrorista. Mas de comunista, de socialista, nunca. Isso não nos ofende. Isso nos orgulha muitas vezes”, pnderou.
Em um exercício de egolatria, o petista também lamentou o fato de que, nos últimos anos, os países latino-americanos foram presididos por políticos de direita
“Eu sei o quanto nós perdemos no nosso continente. Eu sei o quanto foi triste, sabe, a Argentina ter um presidente de direita há pouco tempo atrás”, reclamou.
“Eu sei o quanto foi triste a saída do Rafael Correa (ex-presidente do Equador). Eu sei o quanto foi triste a direita chilena. Eu sei o quanto foi triste o golpe na Bolívia. Eu sei o quanto foi triste ter a companheira Dilma Rousseff impichada aqui nesse país”, manifesta Lula.
Lula relembra Fidel
Lula “pede desculpas” por “erros”
Depois de ensaiar um “mea culpa” nada convincente, Lula afirmou que aprendeu com Fidel Castro, o sanguinário ditador cubano, a olhar para os supostos erros cometidos.
“Às vezes, precisamos olhar para dentro de nós e perguntar onde erramos também”, confessou. “Será que foi apenas a extrema direita que errou, ou nós também temos erros? É preciso repensar o discurso da esquerda.
“É por isso que aprendi ao longo da minha vida a respeitar o companheiro Fidel Castro. Em toda relação que tive ele nunca deixou de fazer a crítica pessoalmente e não deixou de elogiar publicamente”, finalizou.