Lula afirma que “moeda comum” da Unasul serviria para os países não ficarem dependentes do dólar
Depois do polêmico encontro com o ditador Nicolás Maduro, o ‘presidente” Luiz Inácio Lula da Silva (PT) inaugurou nesta terça-feira (30) a reunião de cúpula da Unasul – que representa a “união” das nações Sul-americanas. No total, dez países participaram do evento do bloco criado em 2008 pelo venezuelano Hugo Chávez.
Entre os temas apresentados na abertura, os itens que mais se destacaram foi a proposta de criação de uma moeda comum para uso no continente e a inauguração de um mercado de energia sul-americano. Analistas acreditam que as medidas sejam destinadas especialmente para salvar economias falidas, como Argentina e Venezuela.
Lula quer recuperar “união” no continente
No documento lido por Lula, ele destaca a necessidade de reduzir a independência do dólar
“(Precisamos) aprofundar nossa identidade sul-americana também na área monetária, mediante mecanismo de compensação mais eficientes e a criação de uma unidade de referência comum para o comércio, reduzindo a dependência de moedas extrarregionais”, apontou.
Depois de culpar a gestão de Jair Bolsonaro pelo “rompimento por questões ideológicas”, Lula exaltou a existência da Unasul para reforçar a união no continente.
“A América do Sul tem diante de si, mais uma vez, a oportunidade de trilhar o caminho da união. E não é preciso recomeçar do zero. A Unasul é um patrimônio coletivo. É importante retomar seu processo de construção. Mas ao fazê-lo, é essencial avaliar criticamente o que não funcionou e levar em conta essas lições”, finalizou.
Principais propostas da Unasul:
* Criação de uma moeda comum na América do Sul
* Abir um mercado sul-americano de Energia
* Combater às mudanças climáticas
* Desburocratizar exportações e importações
* Iniciar um programa de mobilização regional para estuantes e professores
