Lira conduz votação que mantém estrutura do governo Lula com 37 pastas. MP segue para o Senado Federal, que terá de ratificar votação até às 23h59 desta quinta-feira
Telefonema particular, reunião de emergência e R$ 1,7 bilhão em emendas parlamentares. Este foi o custo que Lula teve para manter seu governo com 31 ministérios e 6 pastas com status de ministério. Depois de tomar “puxão de orelha” de Arthur Lira (PP-AL), o governo se mexeu para conseguir convencer os deputados a aprovar a MP dos ministérios. A vitória foi conquistada com 337 votos favoráveis contra 125 negativos.
Antes da votação, Lira mandou o recado, indicando quem manda na casa.
“Não tenho como desempenhar o papel do governo para conduzir as matérias dele (Lula). Há uma insatisfação generalizada dos deputados e, talvez, dos senadores com a falta de articulação política do governo”, reclamou o presidente da Câmara.
Lira passa a bola para Pacheco no Senado: corrida contra o tempo
Após conseguir aprovar a MP dos Ministérios na Câmara, a articulação no senado deverá ser mais fácil, já que a oposição na principal casa legislativa é minoria. Entretanto, haverá pouco tempo para debates. A votação comandada por Rodrigo Pacheco (PSD-MG) precisará acontecer até esta quinta-feira (1) no Senado Federal.
Como o Paradoxo BR mostrou, as únicas vitórias do governo Lula até o momento foram à base da liberação de muitos recursos. Após R$ 1 bi para garantir o novo substituto do teto de gastos, o arcabouço fiscal, foi preciso uma injeção de mais R$ 1,7 bi de última hora para garantir a atual inchada composição de ministérios na MP 1154/23.
