Linguagem neutra na mira da Câmara. Logo no primeiro dia do governo Lula (1/1), alguns dos 37 ministros escolhidos pelo petista decidiram adotar a “lacração” como marca da nova administração. Sugerido pela primeira-dama Janja da Silva, a linguagem neutra integrou discursos de pelo menos sete chefes das pastas governamentais.
Um dos momentos mais constrangedores aconteceu na abertura dos trabalhos do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Depois de suspirar, indicando a troca de comando em Brasília, Padinha mergulho de cabeça na chamada novilingua que, segundo Janja, mostraria que Brasília estaria disposta ser “mais inclusiva”.
“Boa tarde a todas, a todos e a todes”, disse Alexandre Padilha com o sorriso aberto, sob aplausos de uma plateia controlada no Palácio do Planalto.
Para combater esse poderoso avanço das pautas identitárias e da ideologia de gênero, quatro projetos contrários ao uso da linguagem neutra nas escolas brasileiras já começaram a tramitar na Câmara, e agora seguem para ser analisadas pelas comissões da casa.
Linguagem neutra: deputados contra a ideologia de gênero
Depois que o STF considerou anticonstitucional a proibição do uso da novilíngua em Rondônia, alguns parlamentares se movimentaram para combater a prática que deturpa a gramática em âmbito federal.
O primeiro a apresentar seu provável “antídoto” contra a linguagem neutra foi o deputado Kim Kataguiri (União-SP).
“Observamos, nos últimos anos, um aumento no uso da chamada ‘linguagem neutra’, que em nada contribui com a missão educacional de formação dos alunos.”, destacou.
Já Roberto Duarte (Republicanos-AC) apontou que a novilíngua “deturpa” a lingua portuguesa, dificultando ainda mais a aprendizagem dos alunos.
“O fundamental é centrar esforços no ensinamento da norma culta e nas regras gramaticais”, afirmou Duarte.
O Coronel Chrisóstomo (PL/RO) corroborou com o colega Roberto Duarte, ressaltando “que a linguagem neutra atrapalha a compreensão das pessoas”.
Por sua vez, outro deputado do União, o mineiro Marcelo Freitas, reforçou a importância de o Congresso regulamentar a proibição da deturpação de nosso idioma, para que isso não “perverta as classes linguísticas”.
“A língua é um padrão! A linguagem, com o tempo, pode sofrer variações, mas não imposições”, complementou o parlamentar.