Legado Bolsonaro. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) encerrou o ano fiscal de 2022 com uma excelente notícia. A instituição, que agora está sob o comando do petista Aloizio Mercadante, obteve lucro líquido recorde de R$ 12,5 bilhões em comparação aos resultados de 2021.
Já o lucro contábil do banco foi ainda mais positivo, atingindo a marca de R$ 41,7 bilhões. O resultado positivo foi impulsionado pelos dividendos pagos pela Petrobras ao BNDES de R$ 17,2 bilhões.
No balanço geral, o lucro do BNDES foi de 46,2% frente aos R$ 8,6 bilhões de 2021.
Legado Bolsonaro x nova gestão
Embora o BNDES tenha registrado lucro recorde no ano passado, o atual presidente da instituição de fomento, Aloizio Mercadante (PT-SP), afirmou que ainda vai discutir com o Ministério da Fazenda, comandado por Fernando Haddad, sobre o volume de dividendos a serem pagos à União.
No ano passado, com fruto do resultado de 2021, o BNDES destinou R$ 19 bilhões – ou 60% do total do lucro líquido do banco.
Já o diretor financeiro do BNDES, Alexandre Abreu, afirmou que o eventual valor poderá chegar aos R$ 24 bilhões, caso o banco mantenha o mesmo padrão da gestão Bolsonaro.
Embora o método possa se repetir, o entrave na distribuição dos dividendos pode estar no padrão a ser adotado pelo PT em relação à Petrobras.
Aloizio Mercadante já afirmou que defende uma revisão no método de pagamentos, justificando que outros bancos de fomento não realizam a mesma operação no resto do mundo.
Além disso, Mercadante criticou a gestão Bolsonaro, apontando que o PT realizou mais “desembolsos” na gestão da presidente deposta, Dilma Rousseff. Reconhecidamente, o BNDES em governors petistas priorizava empréstimos para obras em países da América Latina e Àfrica.