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Lavrov é o novo “termômetro” da Guerra Fria e da política externa de Lula

Estados Unidos

Lavrov – emissário de Vladimir Putin – é o regente da nova revolução russa  alinhada com Brasil e América Latina

Saem EUA, Israel, Reino Unido e Itália. Entram Rússia, China, Nicarágua, Irã, Cuba e Venezuela.

Esta é nova direção que a diplomacia brasileira tem tomado desde os primeiros dias do governo Lula.

O rumo escolhido pelo Itamaraty ficou escancarado, após a recente visita do chanceler russo, Sergei Lavrov. Em sua passagem pela América Latina, o emissário de Vladimir Putin buscou apoio no conflito contra Ucrânia de Venezuela, Nicarágua, Cuba e do próprio Brasil, quando se encontrou com Lula na última segunda-feira (17), em Brasília.

Lavrov com os dois ditadores: Castro e Canel

Em seu último destino na tour por América do Sul e América Central, Sergei Lavrov se reuniu com o ditador cubano, Miguel Diaz-Canel e seu antecessor Raúl Castro, em Havana.

“Apreciamos que, desde o início da operação militar especial, nossos amigos cubanos mostraram claramente sua posição e expressaram sua total compreensão em suas avaliações sobre as razões que levaram à situação atual”, afirmou Lavrov sobre a guerra com a Ucrânia.

Na visita à Cuba, ele também condenou as sanções impostas pelos EUA aos cubanos.

Lavrov no Brasil: “Temos uma visão alinhada”

A passagem do ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, pelo Brasil, foi marcada por uma declaração que apenas confirmou a nova posição diplomática brasileira.

Lavrov encontra seu homólogo brasileiro em busca da “paz na Ucrania”

“Brasil e Rússia estão unidos por um desejo comum e atingindo uma ordem mundial mais justa, correta, com base no direito e isso nos dar uma visão de mundo multipolar”, afirmou o chanceler, indicando que Lula estava correto ao dizer que a “Ucrânia não queria a paz, assim como os EUA”.

A fala, certamente, não caiu bem para analistas norte-americanos e para o próprio presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenski, que convidou Lula a visitar seu país para ele “entender melhor qual é a realidade”.

Lavrov na Venezuela

Depois do desembarque em Brasília, o emissário de Vladimir Putin aterrissou em Caracas, onde se reuniu com o ditador Nicolás Maduro.
De acordo com o governo russo, a visita teve como objetivo maior “fortalecer a cooperação nos níveis político, comercial, econômico e educacional”.

Lavrov na Venezuela: relações cada vez mais maduras

Em território venezuelano, o diplomata declarou ser preciso lutar contra as sanções ocidentais.

““É necessária a união de forças para combater as tentativas de chantagem e pressão unilateral ilegal do Ocidente”, afirmou Lavrov.

Lavrov na Nicarágua

Comandada pelo ditador Daniel Ortega – o maior perseguidor de cristãos do ocidente neste momento da história – a Nicarágua recebeu Sergei Lavrov, como penúltimo ponto de sua jornada latino-americana.
Na passagem de apenas quatro horas por Manágua,, a capital do país oprimido pelo regime de Ortega, o chanceler russo destacou a parceria com os nicaraguenses.

Chanceler russo acha que Ortega faz “excelente trabalho”

“Os ocidentais, sob o auspício de países como os Estados Unidos, tentam se unir como países exclusivos, tentam proliferar sua hegemonia em conflitos como, por exemplo, na Ucrânia”, acusou Lavrov.

A nova guerra fria parece estar mais viva do que nunca esteve.

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