Em meio à derrocada completa da Lava Jato, representantes dos procuradores que atuaram no combate à corrupção tentam revalidar as provas da Odebrecth anuladas pelo ministro Dias Toffoli
A Associação Nacional dos Procuradores (ANPR) deve entrar nesta segunda-feira (11) com uma ação no Supremo Tribunal Federal para ratificar a validade das provas recentemente anuladas pelo ministro Dias Toffoli a pedido da defesa de Lula.
Segundo a decisão de Toffoli, o acordo de leniência firmado entre a Odebrecht e os procuradores da Lava Jato em 2017 perdeu seu valor pelo “comprometimento das provas” analisadas na investigação.
Toffoli também destacou que os promotores teriam atuado de forma “informal” com autoridades dos EUA para supostamente “fechar o cerco” contra os acusados, incluindo o atual presidente da república.
Advogados alegam que Lava Jato “comprometeu as provas”
Como o Paradoxo BR mostrou, a defesa de Lula – representada pelo escritório de Valeska Zanin, mulher do ex-advogado do petista, Cristiano Zanin. hoje no STF – alega que as provas perderam seu valor por terem sido transportadas em sacos de supermercado, o que teria causado “adulteração”.
Os advogados se referem aos CD-Rs que continham as provas apresentadas pela empreiteira Odebrecht, copiados dos sistemas MyWebDay B e Drousys. Segundo o ex-procurador Deltan Dallagnol, o simples transporte do material em sacos plásticos não adulteraram o conteúdo.
