Os juros da “era Bolsonaro” são os vilões da vez. Sem ainda divulgar projetos concretos para melhorar a economia, a não ser aumento de impostos, a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda reduziu de 2,1% para 1,61% a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro para 2023.
As informações foram divulgadas nesta sexta-feira (17), no Boletim Macrofiscal divulgado nesta sexta-feira (17).
A justificativa apresentada pela pasta comandada pelo ministro Fernando Haddad (PT-SP) foi a forte alta dos juros – remédio usado pelo Banco Central no governo Bolsonaro para conter a alta da inflação, tendência que tem dominado o Brasil e o mundo desde 2021.
Segundo o Ministério da Fazenda, a projeção anterior, divulgada em novembro do ano passado,” minimizava” os efeitos dos juros altos sobre a economia e sobre o mercado de crédito.
“Esses efeitos á foram parcialmente verificados durante o último trimestre de 2022, quando a economia teve retração de 0,2% na margem, e as concessões de crédito passaram a desacelerar de maneira mais acentuada”, destacou o relatório do governo federal.
Juros altos afetaram o setor de serviços, segundo o governo Lula
O governo Lula informou que tanto o setor de serviços quanto a indústria deverão ser afetados pela queda da demanda “provocada pela alta nos juros e pela contração do crédito.
“A desaceleração da economia deve ocorrer tanto no setor de serviços como no industrial. O elevado endividamento e o comprometimento de renda da população devem afetar o ritmo das atividades no setor de serviços.”, apontou o ministério da Fazenda.
Vale destacar que o Banco Central, presidido por Roberto Campos Neto, tem sido alvo constante de ataques do governo, principalmente em declarações públicas do “presidente” Luiz Inácio Lula da Silva.