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“Judiciário contrariou nossa Constituição”, afirma advogado sobre morte de prisioneiro do 8 de Janeiro

Advogado

Advogado de réus do 8 e 9 de Janeiro afirma que estado poderá ser processado por morte de detento por complicações da covid-19

 

Prestes a completar 11 meses de detenção, um dos acusados de “tentativa de golpe de estado” se transformou na primeira vítima do descaso do Estado brasileiro. Após sofrer um mal súbito durante banho de sol na Papuda na segunda-feira (20), o empresário do Distrito Federal, Cleriston Pereira da Cunha, de 46 anos, morreu por complicações causadas por uma vasculite, doença acometida pelo morador de Brasília após contrair covid-19. 

Segundo o advogado Cláudio Luís Caivano, que presta serviços gratuitos a inúmeros presos nos dias 8 e 9 de janeiro, Cleriston deveria ter sido transferido do complexo penitenciário em setembro, em razão das más condições de saúde.

“A Procuradoria-geral da República emitiu o parecer favorável à liberdade provisória de Cleriston pelo fato de que Cunha adquiriu comorbidades após contrair Covid-19”, explica Caivano. “O parecer, entretanto, parece ter sido ignorado pelo STF desde então”, complementa.

Advogado acredita em processo contra o Estado

Questionado sobre a hipótese de o Estado ser responsabilizado pelo falecimento do empresário, Cláudio Luís Caivano acredita que as hipóteses “são altas”, embora a chance de vitória, na atual conjuntura, seja mínima.

“O Judiciário brasileiro contrariou nossa própria Constituição”, aponta o advogado. “Condenou Cleriston à morte, impossibilitando seu acesso ao atendimento médico”, constatou.

De acordo com o laudo médico do Hospital Regional da Asa Norte, Cleriston Pereira da Cunha foi acompanhado por médicos durante 8 meses e chegou a ficar internado por 33 dias. O HRA também destaca que Cleriston poderia falecer caso não fosse medicado de 12 em 12 horas.

 

Confira os relatórios médicos que alertavam para o alto risco de morte do empresário:

 

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Uma resposta

  1. Sr Alexandre de Moraes deveria indenizar a família do falecido com dinheiro do próprio bolso já que o que fez foi contrarior a Constituição e condenar essas pessoas por capricho e pura parcialidade política! Vergonhoso…medalha de honra à injustiça pela qual esse “Magistrado” trabalha arduamente!

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