Israel se uniu aos Estados Unidos em protesto contra a decisão de Lula (PT) de permitir a ancoragem de navios de guerra iranianos no Porto do Rio de Janeiro.
Lior Haiat, que atua como porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel, afirmou que a medida brasileira poderá ter um “desenvolvimento perigoso e lamentável”.
Pelo Twitter, o ministro israelense clamou para que as embarcações deixem o porto carioca antes do combinado. O acordo entre Brasil e Irã expira amanhã (4).
“Ainda não é tarde demais para ordenar que os navios deixem o porto”, disse Haiat
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Israel sees the docking of Iranian warships in Brazil a few days ago, as a dangerous and regretful development.Those ships were specifically designated by the United States only a few weeks ago, and they are part of the Iranian Navy, pic.twitter.com/ayF9oBzRtA
— Lior Haiat 🇮🇱 (@LiorHaiat) March 2, 2023
Na thread postada pelo ministro, ele ainda aponta que o acordo só beneficiaria um “estado maligno” como o Irã, responsável por violar direitos humanos no próprio país.
“O Brasil não deveria premiar um estado maligno, responsável por inúmeras violações dos direitos humanos contra seus próprios cidadãos, além de promover ataques terroristas por todo o mundo”.
Lior Haiat ainda aconselhou o governo brasileiro a seguir os exemplos de Estados Unidos, Japão, Canadá e União Europeia, que categorizaram o Irã como “Uma entidade de terror”.
Israel e Brasil firmam parceria em Brasília
Apesar do entrave diplomático, Israel e Brasil acabam de fechar um acordo de cooperação no Senado Federal. O Grupo Parlamentar Brasil-Israel foi estabelecido nesta semana, e terá o senador Carlos Viana (Podemos-MG) como presidente.
“Nos últimos anos, os dois países estreitaram laços que, apesar de estabelecidos há bastante tempo, ainda têm potencial para gerar ações práticas mais contundentes no âmbito da cooperação econômica e política”, afirmou Carlos Viana.
“O próprio surgimento do Grupo Parlamentar Brasil-Israel constitui um passo importante no esforço empreendido pelos dois países em tempos recentes, pois acrescenta uma dimensão mais robusta e pragmática às boas relações entre as nações amigas”, concluiu o parlamentar.