Explosões ocorridas na província de Kerm marcaram os quatro anos de morte de Qassem Soleimani, apelidado de “Che iraniano”
No exato dia do 4º aniversário de morte de Qassem Soleimani – um dos principais comandantes das ações criminosas do exército iraniano – duas explosões ocorridas próximo ao túmulo do militar na província de Kerm provocaram 103 vítimas fatais e feriram pelo menos 171 pessoas que participavam de uma procissão religiosa em honra à Soleimani.
As autoridades do país asiático afirmam ainda que os ataques, classificados como “terroristas”, estão diretamente ligados às recentes ações do Hezbollah e Hamas contra Israel. Os dois grupos terroristas, por sua vez, são financiados pelo próprio governo iraniano há décadas.
Em breve comunicado oficial, o ministro do Interior, Ahmad Vahdi, acusou os israelenses de terem promovido o ataque, matando crianças e mulheres. “Eles responderam ao golpe da resistência matando mulheres e crianças inocentes”, afirmou Vahdi.
Quem foi Qassem Soleimani, o “Che Guevara iraniano”
Morto em ação militar secreta comandada pelo então presidente dos EUA, Donald Trump, Qassem Soleimani era conhecido como o “Che Guevara Iraniano”.
Em 1999, logo após os Protestos Estudantis de Julho (evento conhecido como o Desastre de Kuye Daneshgah), Soleimani comandou uma represália violenta contra os manifestantes, que tinham saído às ruas e Teerã para reclamar do fechamento do jornal reformista Salam. Segundo a versão oficial das autoridades do Irã, 4 jovens foram mortos na ação violenta e 70 foram considerados desaparecidos.
Qasem Soleimani também ganhou fama como um dos maiores aliados do Hezbollah durante a Guerra Civil Síria, na Ofensiva de Al-Qousseir, entre abril e junho de 2013. Naquele momento da história, Soleimani uniu-se ao governo do ditador Bashar al-Assad contra as forças rebeldes.