Reunião do Conselho de Segurança da ONU terminou sem que a entidade aprovasse uma saída para a guerra entre Irã e Israel
A reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) – organizada em caráter emergencial para debater o ataque do Irã a Israel – chegou ao fim sem qualquer acordo para pacificar as relações entre os países. Pior: os principais envolvidos no conflito aumentaram ainda mais a temperatura na região.
Após o secretário-geral da ONU, António Guterres, iniciar a reunião pedir um fim às animosidades, alertando para uma escalada da guerra no Oriente Médio, o embaixador de Israel, Gilad Erdan, comparou a ação iraniana ao regime nazista de Adolf Hitler.
“O regime dos aiatolás é um plano muito claro. O seu objetivo tem sido a continuidade da dominação global para levar a revolução xiita mundo afora.“Assim como o nazismo, o regime dos aiatolás espalha a morte e a destruição por onde passa”, acusou Erdan.
Já o embaixador Robert Wood, que representa os Estados Unidos na ONU, declarou que o ataque iraniano “não poderá ficar sem respostas”. Wood acrescentou que o governo iraniano é um dos maiores financiadores de terroristas do mundo, contribuindo com os grupos Houthis, Hamas e Hezbollah.
Embaixador do Irã pede nota de repúdio a Israel
Por sua vez, o embaixador iraniano Saied Iravani defendeu que o ataque a Israel foi “necessário e proporcional”. Iravani, além de justificar os bombardeios em solo israelense, citou que o Conselho de Segurança sequer emitiu uma nota de repúdio ao ataque à embaixada do Irã na Síria em 1º de abril.
“Por que proteger Israel enquanto eles atacam as nossas instalações diplomáticas e justificam esse genocídio contra os palestinos indefesos sob o pretexto da autodefesa?”, perguntou o embaixador.