O INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) informou que os alertas de queimadas na região conhecida como Amazônia Legal já quebraram o recorde para fevereiro, faltando ainda quatro dias para o término do mês.
De acordo com o INPE, os satélites de observação ambiental mostraram que 209 quilômetros km² foram desmatados na Amazônia Legal, segundo dados apurados até 17 de fevereiro. Esses números são os mais altos para o período desde 2015, início de computação dos dados da série histórica pela instituição governamental.
Para contabilizar todas as queimadas ocorridas em fevereiros, os cientistas ainda esperaram o fechamento do ciclo, que se encerra em 3 de março.
A Amazônia Legal é composta por florestas distribuídas por Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins, além de trechos do estado do Maranhão.
Ainda, no final da gestão Bolsonaro (que deixou Brasília em 31 de dezembro), os dados equivalentes a janeiro (portanto, sem ainda medidas efetivas do governo Lula), relacionados ao índice de desmatamento tinham despencado 61%. Os técnicos do INPE, entretanto, disseram que “a maior cobertura de nuvens na atmosfera podem ter atrapalhado a medição.”
INPE provoca choque de realidade em Marina Silva
A notícia do aumento nas queimadas surtiu como um choque de realidade para a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede). Em participação recente no Fórum Econômico de Davos, na Suíça, Marina já havia afirmado sem qualquer base científica, e de forma sensacionalista, que “mais de 120 milhões de cidadãos brasileiros passavam fome”.
Depois, durante visita oficial aos Estados Unidos, a ministra declarou que “o desmatamento na Amazônia já havia caído 60%”, desde sua posse no cargo. Silva esqueceu apenas de mencionar que o governo Lula não havia sequer dado início às medidas que eventualmente influenciassem no desmatamento no período de janeiro.