Imprensa francesa toma “choque de realidade” após as recentes escolhas de Lula em âmbito internacional
O ‘presidente’ Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estará em Paris no próximo dia 22, em sua 10ª viagem internacional. A popularidade do petista na França, entretanto, parece ter sido abalada em virtude das recentes polêmicas envolvendo encontros com o ditador Nicolás Maduro e desencontros com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.
Artigo publicado pela revista L’Express nesta semana aponta que “mágica” da diplomacia de Lula já não é mais eficiente. “Lula não é mais Lula”, afirmou Axel Gylden.
Sobre a reunião de cúpula do G7, realizada em Hiroshima, no Japão, o articulista da L’Express chama atenção para o desprezo de Lula perante a Zelensky.
“Durante a recente cúpula do G7 no Japão, na qual o presidente ucraniano foi o convidado surpresa, Lula voltou a se destacar: foi o único chefe de Estado que não se levantou para cumprimentar o ucraniano”, ressaltou o jornalista.
Imprensa não perdoa encontro com Maduro
O encontro entre Lula e Nicolás Maduro também foi alvo das críticas da imprensa francesa. O artigo aponta que a relação pragmática com a Venezuela -principalmente durante período de guerra – é importante por conta das reservas do petróleo.
Todavia, segundo o analista francês, isso não implicaria em uma aproximação com a tirania de Nicolás Maduro.
“A guerra na Ucrânia, o fim do acesso ao petróleo russo e a abundância do petróleo denso venezuelano exigem, sem dúvida, certo pragmatismo. Esta também é a atitude de Washington, Bruxelas e Paris, que se reconectam timidamente com Caracas. Mas uma coisa é a arte do pragmatismo; outra é se tornar um assessor de um chefe de Estado (Maduro) que atirou em milhares de estudantes, matou centenas e prendeu outros tantos opositores”, destacou.
O artigo original pode ser lido no site oficial da L’Express.