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Impeachment de Lula: Advogado opina sobre chances reais de pedido do PL

Lula

Impeachment assombra o governo. Cerca de 30 parlamentares do Partido Liberal devem protocolar ainda nesta quarta-feira um pedido de impedimento contra o ‘presidente” Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O documento foi avalizado pelo presidente da legenda, Valdemar Costa Neto.

O pedido de impeachment confeccionado pelo jurídico do PL alega que Lula cometeu diversas irregularidades como chefe do Executivo. Entre elas, quebra de decoro e prevaricação. No primeiro caso, durante entrevista concedida ao blog mantido durante anos pela Secom (Secretaria de Comunicação) de Dilma, Brasil 247. Na ocasião, Lula afirmou querer “f***r” Moro, durante o tempo em que passou na cela da sede da Polícia Federal, em Curitiba.

O impeachment será baseado ainda no questionamento feito por Lula sobre a veracidade da Operação Sequaz da Polícia Federal, que desarticulou na quarta-feira passada (22) um plano de sequestro do senador Sérgio Moro (União-PR) e outras autoridades. Entre elas, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB-SP) e o procurador Lincoln Gakiya.

“Quero ser cauteloso. Vou descobrir o que aconteceu. É visível que é uma armação do Moro. Eu vou pesquisar e saber o ‘porquê’ da sentença. Até porque fiquei sabendo que a juíza (Gabriela Hardt, da 9.ª Vara Federal de Curitiba) não estava nem em atividade quando deu o parecer para ele”, acusou Lula sem provas durante visita ao projeto de submarinos da Marinha, no Rio de Janeiro.

Impeachment: as chances do pedido contra Lula

Na opinião do advogado Claudio Luiz Caivano, existem chances reais de que o pedido de impeachment contra Lula possa vingar, ao menos no início do trâmite. Em entrevista ao Paradoxo BR, Caivano comentou que o clima político é favorável, ao menos para o início para o processo.

“Para a efetivação de um impeachment de presidente da república, o que o Brasil infelizmente já viveu duas vezes, é preciso que ocorra concomitantemente três condições e uma variável”, explica o advogado Claudio Luiz Caivano.

“As três condições são: um vice que queira o impeachment, o presidente da Câmara alinhado ao vice e contra o presidente. e um indício de crime ou o próprio cometimento de crime pelo presidente da república. Ao menos em tese, parece-me que já possuímos essas três condições”, pondera o advogado.

“A variável, no entanto, que falta e que já deveria ter acontecido, dado o momento que atravessamos, ou seja, cerca de 88 dias sem governo, sem aprovação de nenhum projeto de lei, sem aprovação de MP, seria o povo tomar as ruas. Entretanto, mais do que os episódios de 8 de janeiro, as suas consequências, para patriotas inocentes que foram presos, é o que pode estar retardando essa variável”, explica.

“Por fim, a questão, ao que me parece, está resolvida, os pedidos apresentados são robustos contra o presidente da república, concretizando um script que, mais uma vez, a meu ver, já estava pré-definido, só faltava instituir a data de comemoração da oposição”, conclui Caivano.

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