O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a Javier Milei na presidência da Argentina pode representar o fim do Mercosul
A volta da direita ao comando da Argentina tem levado preocupação à esquerda, em especial ao imediato de Lula na economia. Para Fernando Haddad (PT), as chances de Javier Milei vencer as eleições em outubro representam “ameaça” ao Mercosul. O bloco voltou a ser prioridade do governo federal, especialmente para socorrer o kirchnerista Alberto Fernández.
Durante palestra na FGV, em São Paulo, o ministro da Fazenda disse que “o candidato que lidera as pesquisas” na Argentina é uma incógnita para o futuro da aliança comercial sul-americana.
“O Mercosul está em risco sobretudo pelos próximos eventos que podem ocorrer no nosso principal parceiro comercial”, apontou Haddad. “Não se sabe o alcance da narrativa do candidato que lidera as pesquisas na Argentina”, completou.
Milei já declarou que não irá negociar com socialistas, incluindo Lula
Em diversas oportunidades, o candidato chamado de “ultradireitista” pela mídia já demonstrou desagrado a respeito da política de membros do Mercosul, em especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Olhe as aberrações que ele está cometendo em seu governo. Não posso apoiar tais assuntos. É um regime que não está de acordo com as ideias de liberdade”, afirmou Milei em entrevista à revista Economist.