O hacker da “Vaza Jato”, Walter Delgatti Netto, recebeu a sentença por ter invadido celulares de autoridades, além de outros crimes. As informações ilegais foram avalizadas pelo STF e contaminou toda a operação Lava Jato.
O juiz Ricardo Augusto Soares Leite, da 10ª Vara Federal Criminal de Brasília, condenou o hacker Walter Delgatti Neto à sentença de 20 anos e 1 mês de prisão pelas práticas apuradas pela Operação Spoofing da Polícia Federal.
A decisão foi divulgada nesta segunda-feira (21), três dias após o depoimento de Delgatti na CPMI do 8 de Janeiro, onde o criminoso acusou o ex-presidente Jair Bolsonaro de tentar grampear ligações do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.
Além do hacker da Vaza Jato – como foi apelidado pelos políticos da base lulista e outros envolvidos em crimes apurados pela Operação Lava Jato – mais 5 investigados foram sentenciados hoje: Danilo Cristiano Marques, Gustavo Henrique Elias Santos, Luiz Henrique Molição, Thiago Eliezer Martins Santos e Suelen Priscila de Oliveira.
Walter Delgatti Netto já está preso, de forma preventiva – mas por outra acusação. Ele foi detido a pedido do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, pela suspeita invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Hacker da Vaza Jato explicou como se frauda urnas eletrônicas
Como o Paradoxo BR mostrou, o hacker de Araraquara (uma paródia da expressão “grávida de Taubaté” chegou a explicar ao presidente da CPMI do 8 de Janeiro, Arthur Maia (PP-BA), como seria possível fraudar as urnas eletrônicas. A declaração não foi repercutida pela mídia em geral.