Nesta segunda-feira (8), o governo da Alemanha voltou a enfrentar um protesto em grande escala que se espalhou por quase todo território nacional. O tratoraço organizado pelos agricultores exige o retorno dos subsídios estatais ao setor. Os cortes de incentivos foram anunciados no final do ano passado, após a medida ser considerada “ilegal”.
Os bloqueios automotivos foram registrados na capital Berlim, além de cidades das regiões da Saxônia, Baviera, Baden-Württemberg e Renânia do Norte-Vestfália.
O líder do principal sindicato dos fazendeiros, Joachim Rukwied, reforçou que, caso a categoria não seja atendida, os tratoraços irão continuar no decorrer do ano, com perigo de crise no abastecimento de alimentos.
“Caso isso não aconteça (a volta dos subsídios), o fornecimento de alimentos de alta qualidade estará comprometido”, alertou o sindicalista.
Chanceler diz que greve dos agricultores é alimentada por extremistas
O vice-chanceler alemão, Robert Habeck, afirmou que “extremistas” querem usar os agricultores para espalhar terror pelo país.
“Há mensagens que circulam sobre tentativas fantasiosas de golpe por grupos extremistas que fomentam ódio com símbolos nacionalistas exibidos abertamente”, declarou Habeck,.
A greve dos agricultores alemães está programada para terminar apenas no dia 15 de janeiro.
