Greve de motoristas por app não atingiu objetivo da categoria no período da manhã desta segunda-feira (15) – principalmente na capital paulista. No Rio de Janeiro e capitais do NE houve paralisações
A greve dos motoristas de aplicativos anunciada para esta segunda-feira não obteve a adesão esperada. Em São Paulo, por exemplo, os serviços funcionavam normalmente entre 10 e 11 horas da manhã. Além dos condutores trabalharem normalmente, os preços das viagens apresentavam descontos.
O Uber, no período apurado pelo Paradoxo BR, cobrava para uma corrida da zona norte da capital paulista até o terminal rodoviário do Jabaquara valores entre R$ 35 e R$ 69 (variação por modalidade de veículo) – preços bem abaixo da tarifa normal para o horário. As corridas também ficavam mais acessíveis em comparação aos valores cobrados por motoristas de táxi para o mesmo percurso.
Os funcionários de empresas como Uber, 99, iFood, InDriver e Rappy, entretanto, cruzaram os braços em algumas capitais. Os que mais aderiram à paralisação no período da manhã desta segunda-feira operavam no Rio de Janeiro, Salvador, Fortaleza e Recife
A Federação dos Motoristas de Aplicativos do Brasil (FEMBRAPP) anunciou na última sexta-feira (12) que suspenderia 70% de seus serviços em um período de 24 horas. Segundo a organização, a categoria reivindica aumento do teto mínimo pago pelas empresas. Eles apontam que não há reajuste desde 2016.
Como o Paradoxo BR mostrou, a greve anunciada pela Federação dos Motoristas de Aplicativos do Brasil ocorre após a intenção do Ministério do Trabalho em aplicar mais regras que poderão engessar ainda mais a categoria.
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, anunciou um grupo de trabalho que irá sugerir regras e práticas que podem alterar o funcionamento das empresas no Brasil. Marinho também chegou a sugerir que o serviço poderia ser substituído pelos Correios, caso as companhias deixem o Brasil.