Milei ordenou que nenhum servidor do governo federal use linguagem “neutra inclusiva”
O governo argentino decidiu investir pesado na guerra cultural contra a esquerda. Nesta quarta-feira (28), o porta-voz da presidência, Manuel Adorni, confirmou a proibição do uso de linguagem neutra em todos os setores da gestão pública federal.
Pela decisão do presidente Javier Milei, os servidores não poderão escrever ou publicar documentos com “@”, “x” ou “e” substituindo letras em expressões do idioma espanhol. O mesmo é válido para palavras no plural que já abrangem os gêneros feminino e masculino.
El vocero presidencial anunció que "por decisión de Javier Milei, no se va a poder utilizar la letra E, el arroba, la X, y evitar la innecesaria inclusión del femenino en todos los documentos" oficiales. pic.twitter.com/eFdifd54R7
— TN – Todo Noticias (@todonoticias) February 27, 2024
“A linguagem que abrange todos os setores é o castelhano, a língua espanhola. O governo não entrará nesta discussão”, destacou Adorni.
Oposição chama Milei de “fascista”
A decisão de Milei gerou repercussão na oposição, mais precisamente na esquerda argentina. Pela rede social X, o deputado Gabriel Solano, do partido Obrero acusou o presidente argentino de “fascismo”.
“Deixe as pessoas falarem como quiserem. O estado proibir o uso da linguagem inclusiva é coisa de fascistas”, protestou.