Rombo das contas públicas em 2023 só não deverá ser pior que em 2020, auge da pandemia
O governo Lula voltou a gastar mais do que arrecada em novembro – e não há sinal de cortes de despesas no horizonte. Segundo o Tesouro Nacional, o déficit primário computado em novembro foi de R$ 39,39 bilhões – o 2º pior da história se corrigido pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).
O novo rombo nas contas públicas – que contabiliza receitas e despesas, sem incluir o pagamento de juros da dívida – só não foi maior para o período do que no ano de 2016, quando o Brasil enfrentou a pior crise econômica da história.
No último ano no Planalto, antes de ser deposta do cargo, a presidente Dilma Rousseff (PT) amargou um saldo negativo de R$ 54,42 bilhões.
Déficit primário só não é pior do que na pandemia
De acordo com o Tesouro Nacional, o déficit primário acumulado entre janeiro e novembro de 2023 atingiu a marca de R$ 114,3 bilhões. De acordo com o órgão, este foi o segundo pior resultado neste intervalo desde 2020, quando o país precisou gastar para conter os efeitos da pandemia de covid-19.
Segundo o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, o rombo em 2023 deverá bater em R$ 125 bilhões. As informações de dezembro ainda não foram computadas. Caso o prognóstico seja mantido, ele representará 1,25% do Produto Interno Bruto Nacional.