Governo confirmou reunião com 7 empreiteiras que confessaram corrupção e devem mais de R$ 8 bilhões à União
Durante a campanha presidencial de 2022, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou a operação Lava Jato, alegando que as empreiteiras envolvidas em corrupção eram, na verdade, “vítimas”.
Ao assumir o poder, o petista parece disposto a reabilitar essas construtoras. Segundo o jornal O Globo, pelo menos 7 dessas empresas investigadas e condenadas no Petrolão – Camargo Correa, Odebrecht (Novonor), UTC, Andrade Gutierrez, Engevix (Nova), OAS (Metha) e Braskem – já começaram a renegociar seu retorno às obras do governo federal.
Na terça-feira (12), representantes das empresas começaram a discutir com a Advocacia-Geral da União (AGU) e com a Controladoria-Geral da União (CGU) a probabilidade de reduzir as multas aplicadas na justiça, que hoje ultrapassam os R$ 8 bilhões.
Empreiteiras querem retomar “parcerias” com governo
Fontes junto ao Palácio do Planalto já dão como certas as propostas para diminuir as dívidas com a justiça. Isso porque a AGU aparentemente concordou que as empreiteiras tiveram sua capacidade financeira “prejudicada”, após as condenações na Lava Jato.
De acordo com a pasta comandada por Jorge Messias, a crise gerada pela falta de novos contratos impediria a quitação total das penalidades. Os donos das companhias também propuseram o pagamento das dívidas com a assinatura de contratos – inclusive, com o governo federal. Caso a proposta seja aceita, as futuras obras poderia servir como aval para os envolvidos.