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Governo Lula mostra hipocrisia ao apoiar o Irã, um dos países mais violentos contra a mulher

Governo Lula Irã

Governo Lula e suas contradições. No Dia Internacional da Mulher, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um autoelogio ao seu governo, acusando o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) de “estimular a violência de forma velada” contra a mulher.

A autoafirmação de que o governo Lula seria “pró-mulher” (ao contrário do anterior, comandado por Bolsonaro), entretanto, não foi suficiente para evitar uma forte aproximação do Brasil com o Irã, um dos países que mais pratica violência contra suas cidadãs.

Em 16 de setembro, passado, por exemplo, a polícia espancou e matou a jovem Mahsa Amini, de 22 anos, por ela não estar usando o hijab, um véu de uso obrigatório pelas leis iranianas.

A violência contra mulheres do Irã gerou inúmeras reações da comunidade internacional. A ministra das relações exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, do Exterior, fez um apelo à União Europeia para a aplicação de sanções contra o país, em virtude do espancamento que levou Mahsa Amini à morte.

Já a porta-voz do Escritório de Direitos Humanos da ONU, Ravina Shamdasani, disse que muitos iranianos foram mortos após os protestos contra o assassinato da jovem. A rebelião contra o incidente levou a polícia iraniana a prender ativistas, jornalistas e advogados em represália.

Governo Lula apoia ações militares iranianas

O apoio do Brasil ao Irã não ignora somente à prática de violência contra mulheres que não usam o hijab. Apesar das duras críticas do governo dos EUA, o Porto do Rio de Janeiro recebeu dois navios de guerra da marinha iraniana, o Iris Makran e Iris Dena.

O senador Ted Cruz, do partido Republicano, alertou sobre uma eventual sanção a ser aplicada pelos EUA contra o Brasil.

“Esses navios de guerra iranianos já estão sancionados e, portanto, o porto do Rio de Janeiro onde aportaram agora corre o risco de sanções incapacitantes, assim como quaisquer empresas brasileiras que lhes prestaram serviços ou aceitaram pagamentos”, afirmou o parlamentar.

Já a embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Elizabeth Bagley, demonstrou temeridade em sua primeira entrevista coletiva no país.

“No passado, esses navios facilitaram o comércio ilegal e atividades terroristas… O Brasil é uma nação soberana, mas acreditamos firmemente que esses navios não devem atracar em lugar nenhum”, ressaltou a diplomata americana.

Israel fez coro com os EUA. Ao saber que Lula havia autorizado a ancoragem dos navios na costa brasileira, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel, o Lior Haiat, fez dura declaração sobre o evento.

“O Brasil não deveria premiar um estado maligno, responsável por inúmeras violações dos direitos humanos contra seus próprios cidadãos, além de promover ataques terroristas por todo o mundo”, disse o diplomata, se referindo à Guarda Revolucionária Islâmica do Irã, um braço do governo que reconhecidamente dá suporte a grupos terroristas.

Apesar dos avisos, o governo Brasil ignorou qualquer apelo para cancelar o acordo com militares iranianos. Como se não bastasse a recepção, membros do Ministério das Relações Exteriores participaram de uma festa abordo do Iris Dena.

São muitas as contradições. São poucas as explicações.

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