Governo Lula cogita “perdoar débitos da Venezuela. Ideia de Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, é trocar os débitos por petróleo e energia
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) deve seguir as ordens de Lula e perdoar as dívidas da Venezuela com o Brasil. A intenção foi anunciada após reunião entre o petista e o ditador Nicolás Maduro, em Brasília. Segundo o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), o país bolivariano acumula débitos de quase R$ 3,5 bilhões com o Tesouro Nacional.
Ao afirmar que o martelo foi praticamente batido pelo governo brasileiro, Haddad usou um termo da economia criativa para remediar o perdão do calote: “reprogramar”.
“Vamos constituir um grupo de trabalho para consolidar a dívida da Venezuela com o Brasil e reprogramar o pagamento da dívida. A Fazenda tratou disso na reunião”, explicou o ministro.
Já o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, chegou a cogitar que a Venezuela quite suas dívidas com fornecimento de petróleo e energia elétrica para Roraima.
Abreu e Lima: símbolo do calote venezuelano
E 2005, o governo Lula anunciou uma parceria entre as estatais Petrobras e PDVSA, da Venezuela, para a construção da refinaria Abreu e Lima. O custo original do projeto era de US$ 2,5 bilhões, e contaria com recursos do Plano de Aceleração do Crescimento petista (PAC).
Com o passar dos anos, porém, a verba venezuelana parou de entrar e os custos chegaram a US$ 20 bilhões. A Petrobras tentou cobrar a dívida do país, mas investigações revelaram que não havia contrato formal entre as partes.
A refinaria de Abreu e Lima também foi alvo de denúncias na Lava Jato, com constatação de envolvimento ilícito das empreiteiras OAS, Odebrecht, Engevix e Camargo Corrêa.