Governador da Bahia, Jerônimo Dias, proibiu o uso das “machistas” pistolas d’água na festa mais popular do estado
Uma semana após a entrada em vigor da nova lei, o governo da Bahia já começou a dar exemplo prático de “combate à violência”. O alvo da Polícia Militar não poderia ser mais emblemático: as “perigosas pistolas d’água, tradicionalmente utilizadas durante as festas de pré-Carnaval e Carnaval. De acordo com a PM, dezenas desses objetos considerados “machistas e misóginos” foram apreendidos pelas autoridades somente no primeiro dia do Fuzuê – uma das micaretas que antecedem a festa mais popular da Bahia.
A medida segue a regulamentação prevista em lei sancionada no final de janeiro pelo governador da Bahia, Jerônimo Dias (PT).
De autoria da deputada estadual Olívia Santana (PCdoB), a regulamentação aprovada pela Assembleia Legislativa em 2023 visa abolir “práticas machistas e misóginas”, como antecipou o Paradoxo BR.
“A gente acredita na prevenção e na sensibilização das pessoas para acabar com esse tipo de violência machista e misógina dentro do nosso Carnaval”, explicou a secretária de Políticas para as Mulheres, Elisângela Araújo.
Como classificar as pistolas d’água, segundo o governo da Bahia
De acordo com a Polícia Militar do estado da Bahia, para ser classificado como uma pistola d’água, o objeto deve seguir os critérios observados em um “mecanismo manual ou automatizado, que disparem água ou outros líquidos”. De acordo com o governo petista, as agremiações e organizações precisam adotar medidas preventivas contra o uso dessas armas de brinquedo, “incluindo campanhas educativas e penalidades”.