PGR aciona Polícia Federal para obter mais provas no caso que tenta ligar a suposta falsificação de carteiras de vacinação da família de Bolsonaro com uma “tentativa de golpe”
Menos de 48 horas após o manifesto popular de Copacabana, a Procuradoria-Geral da República (PGR) decidiu prorrogar as investigações que apuram a suposta falsificação de carteiras de vacinação de Jair Bolsonaro e seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid. Em sua decisão, o procurador Paulo Gonet quer saber se as ações tem alguma relação com a suposta tentativa de “golpe de estado”.
“É relevante saber se algum certificado de vacinação foi apresentado por Jair Bolsonaro e pelos demais integrantes da comitiva presidencial, quando da entrada e permanência no território norte- americano. Ao menos seria de interesse apurar se havia, à época, norma no local de entrada da comitiva nos EUA impositiva para o ingresso no país da apresentação do certificado de vacina de todo estrangeiro, mesmo que detentor de passaporte e visto diplomático. A notícia é relevante para a avaliação dos tipos penais incidentes no episódio”, escreveu o PGR.
Bolsonaro foi aos EUA em 2022, sem comprovante de vacina
A informação questionada pelo procurador-geral da república, contudo, já foi esclarecida em maio de 2023. Enquanto presidente da república, Jair Bolsonaro entrou em três oportunidades nos EUA: Cúpula das Américas (9/6/22), Assembleia-Geral da ONU (19/9/22) e viagem de descanso (30/12/22). Em todos os casos, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos dispensou a apresentação de qualquer registro de vacinação contra a covid-19. A regra foi aplicada a todos os chefes de estado que entram no país.
