O “General do Lula” – e amigo do presidente desde 2003 – o ex-GSI G. Dias continua livre e sem medidas cautelares, mesmo após novas revelações sobre o 8 de janeiro
O general da reserva, Marco Gonçalves Dias – que atuava como chefe do Gabinete de Segurança Institucional de Lula nos ataques de 8 de janeiro – permanece livre e sem obrigação de cumprir qualquer medida cautelar judicial. Em 19 de abril, imagens vazadas pelo canal CNN mostraram G. Dias circulando de forma passiva entre os invasores no Palácio do Planalto. Após a divulgação do conteúdo, o ex-chefe do GSI pediu demissão.
Já na quarta-feira (31), o ex-ministro e amigo de Lula desde 2003 se viu no centro de novo escândalo. Segundo informações divulgadas pela imprensa, Dias falsificou um relatório da Abin, contendo 11 alertas emitidos para seu celular desde 6 de janeiro – dois dias antes das invasões.
Gonçalves Dias x Anderson Torres: dois pesos e duas medidas distintas
Ao contrário do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro, o delegado da Polícia Federal Anderson Torres, nenhuma ordem de prisão ou apreensão de documentos foi solicitada contra Gonçalves Dias. Torres nem mesmo se encontrava no Brasil no 8 de Janeiro, mas sua prisão foi decretada após depor à Polícia Federal no dia 14.
Anderson Torres, por sua vez, permaneceu preso em uma cela de 30 metros quadrados em um batalhão da Polícia Militar, no Distrito Federal. Seu tempo de detenção foi de 117 dias. Embora tenha sido libertado por Alexandre de Moraes, Anderson Torres cumpre prisão domiciliar, com uso de tornozeleira eletrônica e não pode usar suas redes sociais.
Em 24 de abril, o diretório nacional do Novo entrou com uma ação junto à Procuradoria-Geral da República contra G. Dias. Na petição, o partido solicitou à PGR que investigue a conduta do “General – e homem forte – do Lula” por suposto crime de prevaricação, durante a invasão do Palácio do Planalto, em 8 de Janeiro. Não houve manifesto do órgão até o momento.