General G. Dias – então chefe do GSI de Lula – ordenou à Agência Brasileira de Inteligência que apagasse da minuta os 11 alertas sobre possíveis invasões em 8 de janeiro. Dias recebeu as informações por WhatsApp, segundo jornal
Menos de 24 horas após a aprovação dos primeiros requerimentos para depor na CPMI do 8 de Janeiro, uma nova e minuciosa apuração confirmou que o então ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência, General Gonçalves Dias, deu a ordem para a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) deletar os alertas sobre a possibilidade de invasão dos três poderes. As informações foram divulgadas pela Folha de S. Paulo.
General de Lula atuou nos bastidores
Segundo a matéria da Folha, G. Dias deu a ordem para omitir da minuta da Abin os 11 alertas recebidos por ele via WhatsApp, entre 2 e 8 de janeiro, de forma extraoficial.
Desta forma, o tramite não seria tratado em canais oficiais do governo Lula. Esse relatório já adulterado foi enviado em 20 de janeiro à Comissão de Atividades de Controle de Inteligência (CCAI) do Congresso Nacional.
Documento original ficou sob os cuidados de G. Dias
Pelas regras do Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin), o General Gonçalves Dias é o encarregado de gerenciar documentos do gênero. A partir de sua tutela, somente Dias poderia ter distribuído os relatórios de inteligência para as demais autoridades da república. Isso descarta o manuseio dos relatórios por terceiros. O documento original contendo os 11 alertas chegou ao alcance do Senado somente em maio, onde foi comparado com o adulterado.
Diretor da Abin pediu demissão
Saulo Moura da Cunha era o chefe da Abin no momento em que a minuta foi alterada por Dias. Cunha trocou o setor de inteligência pelo GSI, mas pediu exoneração da pasta no início de junho.