Flávio Dino e diretora do Ministério da Justiça foram processados pelo Partido Novo. A legenda alega que o documento que comprova acordo de cooperação entre a Lava Jato e a justiça da Suíça era de total conhecimento das autoridades desde 2016
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB-MA) terá de explicar por que não apresentou ao Supremo Tribunal Federal o documento que comprova o acordo de colaboração entre o Ministério Público e autoridades da Suíça. Na semana passada, o ministro Dias Toffoli anulou o acordo de leniência da Odebrecht com a Lava Jato, e ainda apontou a falta de tal registro como uma das justificativas.
Depois que Dino confirmou a existência do acerto, o partido Novo entrou com uma ação na Procuradoria Geral da República (PGR), acusando o homem forte de Lula pelo crime de falsidade ideológica. A diretora do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional, Carolina Yumi também foi processada.
Novo afirma que ministério da Justiça tinha total conhecimento do acordo com a Suíça
De acordo com avaliação feita pelo Novo, o Ministério da Justiça tinha total conhecimento do pedido de cooperação Brasil-Suíça, iniciado em 2016. Yumi esteve na direção do DRACJ de 2015 a 2017.
Segundo o presidente do partido, a informação já havia sido repassada a diversas autoridades envolvidas no acordo de leniência.
“Essa informação já havia sido anunciada por diversas autoridades envolvidas na celebração do acordo da empresa Odebrecht na Operação Lava Jato, contra as quais, agora, há determinação do ministro Dias Toffoli de investigação por órgãos públicos para a responsabilização cível e criminal”, relembra.