Organizações e autoridades – como o ministro da Justiça, Flávio Dino – estão preocupadas com a integridade dos suspeitos de participar da morte do soldado da Rota, Patrick Bastos Reis
Após o titular da delegacia-sede do Guarujá, Antônio Sucupira, afirmar que houve ao menos 10 mortos na operação que busca os responsáveis pelo assassinato do soldado da Rota, Patrick Bastos Reis, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB-MA) disse que a reação ao crime “parece que não ter sido proporcional”.
“Chama atenção o fato de você ter um terrível crime contra um policial, um crime realmente que merece o repúdio, a repulsa. Sendo usado, inclusive, uma pistola de 9 mm e houve uma reação imediata que não parece, nesse momento, ser proporcional em relação ao crime que foi cometido”, analisou.
Preocupado com a integridade dos suspeitos, Dino afirmou que será preciso investigar a operação, para detectar possíveis excessos da polícia.
“O governo federal não tem uma postura intervencionista, de intervir nas competências dos Estados, nós temos que aguardar a condução do Governo de São Paulo”, apontou o ministro. Segundo ele, será preciso investigar as imagens instaladas nos uniformes dos policiais para encontrar uma conclusão.
Dino, OAB e Direitos Humanos: “caça aos supostos exageros”
Além de Dino, já se sabe que o Ministério Público do Estado (MP-SP), OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e o Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe) iniciarão investigações para descobrir “eventuais irregularidades”.
Nas operações da Rota, também foram presos 3 pessoas, incluindo Erickson David da Silva, acusado assassinar o PM Patrick de Bastos Reis.