Eleições do Conselho Tutelar foram canceladas em Belo Horizonte, após Defensoria Pública detectar irregularidades nas urnas eletrônicas usadas no pleito
Falar de urnas eletrônicas no Brasil virou tabu – e até sinônimo de punição no Tribunal Superior Eleitoral. Apesar da forte censura, ainda há espaço para criticar as máquinas – principalmente, nas eleições para Conselheiros Tutelares municipais.
Por não responder ao TSE, a Defensoria Pública de Minas Gerais conseguiu cancelar o pleito realizado na semana passada, em Belo Horizonte, justificando uma série de problemas nos equipamentos. Em virtude do cancelamento, as eleições devem ser feitas com o uso de cédulas de papel.
Defeitos nas urnas identificados em BH
A notícia da anulação das eleições do Conselho Tutelar de Belo Horizonte foi confirmada após a Defensoria Pública mineira protocolar uma Ação Civil contra a prefeitura da capital.
Na ação, a DPMG pediu a “suspensão da homologação do resultado final da votação para membras e membros do Conselho Tutelar de Belo Horizonte, bem como a anulação da eleição, ocorrida no domingo (1°/10), além da imediata realização de nova votação, com garantias de condições para a normalidade do exercício do voto“.
Em seu relatório, o órgão destacou diversas falhas apresentadas durante a votação, incluindo a “instabilidade do sistema eletrônico da Prodabel, adotado em Belo Horizonte, não funcionando em algumas seções ou operando de forma intermitente em outras“.