Carlos Minc – ex-ministro de Dilma – afirma que trabalho de ex-traficantes pode justificar veto de Lula à “saidinha temporária”
Com o adiamento da análise dos vetos presidenciais no Congresso, aliados do governo Lula aproveitaram a brecha para tentar emplacar a justificativa de que impedir a saída temporária de presos aos feriados seria um “retrocesso para a sociedade”.
Uma dessas iniciativas é de autoria do ex-ministro do Meio Ambiente de Dilma Rousseff (PT), o deputado estadual pelo Rio de Janeiro, Carlos Minc (PSB). Na próxima sexta-feira (3), está prevista uma audiência pública na Assembleia Legislativa do estado, que contará com a presença de três ex-traficantes de drogas.
Segundo Minc, o ponto central do debate será mostrar que medidas como a “saidinha” são importantes para que esses criminosos possam se “reinserir na sociedade”.
“O fim das saidinhas vai cortar uma das principais portas da ressocialização. É como se houvesse uma prisão perpétua”, ressaltou o deputado.
Os convidados de Minc serão Alexandre Mendes, o “Polegar”, Amabilio Gomes Filho, o “MB” e Nei da Conceição Cruz, o “Nei Falcão”, hoje integrantes da ONG Afro Reggae.
Senadora tenta ampliar punição para quem violar lei da saidinha
Além do veto à lei que mira proibir a saída temporária de criminosos, outro projeto de lei visa ampliar a punição para quem cometer delitos durante as saídas provisórias. Em análise na Comissão de Segurança Pública, o PL 476/2023, de autoria senadora Damares Alves (Republicanos-DF) determina que se a pessoa cometer um crime a pena para esse delito será aumentada em até 50%.