Estados Unidos e Rússia tentam ampliar poderio bélico e político, enquanto tensões escalam na Europa. Putin anunciou acordo com países da África, enquanto Biden investe em armamento com tecnologia de ponta
Os governos de Estados Unidos e Rússia estão determinados a reviver o auge da Guerra Fria com investimentos pesados na política armamentista e apoio político internacional.
A mais recente cartada de Vladimir Putin – que nunca escondeu o desejo de resgatar a soberania exercida pela União Soviética – foi um inédito acordo militar com 40 nações.
Durante a cúpula Rússia-África, em São Petesburgo, o ditador russo prometeu fornecimento de armas, treinamento estratégico, além de 50 mil toneladas de grãos para os países que se comprometerem com a aliança.
O encontro aconteceu no momento em que a capital Moscou foi alvo de drones ucranianos, em mais um capítulo do confronto iniciado em fevereiro de 2022.
Estados Unidos investem em tecnologia de ponta para modernizar arsenal
Do lado norte-americano, o Pentágono submetido às ordens de Joe Biden, trabalha neste momento para ampliar seu já incomparável poderio de fogo. A novidade, entretanto, só deve ser adotada em grande escala nas forças armadas nos próximos anos: o sistema de armas a laser, já testado com sucesso.
Segundo o Departamento de Defesa dos Estados Unidos – que investe cerca de US$ 1 bi anualmente no setor – a tecnologia seria adotada por Marinha (US Navy) e Força Aérea (USAF).
Os protótipos das armas a laser já foram aplicados de forma experimental em manobras que simularam a reação a um ataque por drones.
O projeto – batizado AN/SEQ-3 Laser Weapon System – começou a ser desenvolvido em 2010 pela Kratos Defense & Security Solutions. Seu primeiro teste ocorreu em 2014, como sistema de defesa antiaéreo no USS Ponce, da Marinha. Já a Lockheed Martin foi a pioneira na fabricação e entrega de um sistema de defesa tático desse tipo: o LLD (Layered Laser Defense).