Embrapa afirma que “tomará as medidas cabíveis” contra movimento terrorista
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária publicou em seu site oficial um comunicado em repúdio às recentes invasões do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST).
O texto reclamando dos ataques em áreas sustentáveis do órgão, intitulado “Invasão do MST à área do Embrapa Semiárido”, postado na segunda-feira (17), aponta que o órgão de pesquisas científicas para produção agrícola foi afetado em áreas agriculturáveis e de preservação da caatinga, na região do semiárido brasileiro.
“A Embrapa Semiárido vem a público esclarecer que a invasão sofrida em sua propriedade pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), na madrugada do dia 16/04/2023, por volta das 3h30, foi realizada em terras agricultáveis e de preservação da Caatinga, pertencentes à antiga Unidade de Serviços Produtos e Mercados (SPM) da Embrapa. Tal Unidade foi anexada, administrativamente, à Embrapa Semiárido e tem sido utilizada para instalação de experimentos diversos e multiplicação de material genético básico de cultivares lançadas pela Empresa (sementes e mudas). A invasão atingiu ainda áreas de preservação da Caatinga, comprometendo a vida de animais ameaçados de extinção, além de pesquisas para conservação ambiental e de uso sustentável do Bioma”, apontou a assessoria do Embrapa.
“Nesta área também acontece o Semiárido Show, feira de grande relevância para os agricultores familiares do Semiárido, posto que as tecnologias que são apresentadas foram desenvolvidas para ambientes de convivência com a seca. O evento recebe mais de 20 mil pessoas e é uma referência em transferência de tecnologias para a região Nordeste. No momento, a área está sendo preparada para receber a 10ª edição da Feira, que acontecerá em agosto deste ano. A invasão já está prejudicando consideravelmente todo o planejamento e execução das atividades previstas.
O posicionamento da Embrapa é que a ação é inaceitável, visto que as terras são patrimônio do governo brasileiro, produtivas e destinadas ao uso exclusivo da Embrapa Semiárido para o desenvolvimento de pesquisas e geração de tecnologias voltadas à melhoria da qualidade de vida de populações rurais.
A Embrapa Semiárido está adotando as medidas cabíveis para solucionar a situação. Neste momento, a invasão à área da Embrapa já está trazendo danos à condução de seus trabalhos e ao planejamento da execução de projetos e ações de pesquisa, que incluem parceiros com quem temos estabelecido avanços de cooperação que repercutirão em resultados de alto potencial de adoção junto aos produtores do Semiárido.
Por fim, a invasão traz prejuízos consideráveis a produtores e agricultores familiares da área de abrangência da atuação da nossa instituição, bem como para toda a sociedade“, finalizou o órgão.
Embrapa x MST: Câmara se articula contra ataques feitos pelo movimento
Como o Paradoxo BR mostrou, ´produtores rurais e parlamentares decidiram unir forças para combater a onda de invasões do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), como a mais recente promovida contra o Embrapa no Abril Vermelho.
Na última quarta-feira (12), deputados da Frente Parlamentar da Agropecuária e integrantes da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil solicitaram ao Supremo Tribunal Federal a abertura de investigação criminal contra o líder nacional do MST, João Pedro Stédile.
Os parlamentares pediram à justiça que ocorra a prisão preventiva, além da quebra de sigilo bancário de Stédile. Já a Confederação que representa os agricultores e pecuaristas exigiram medidas preventivas contra mais invasões do MST.
