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Em um mar de bandeiras do Brasil e Israel na Paulista, Bolsonaro pede anistia aos presos do 8 de Janeiro

Bolsonaro

No último domingo de fevereiro, Jair Bolsonaro repete o 7 de setembro e pede pacificação no Brasil

O último domingo de fevereiro (25) começou marcado pela detenção de um jornalista português no Aeroporto Internacional de Guarulhos. A ação da Polícia Federal, entretanto, não foi suficiente para ofuscar o evento convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que voltou a preencher cada espaço  da Avenida Paulista, em São Paulo, relembrando  a multidão que tomou conta do coração financeiro do país em 7 de setembro de 2021.

 

Michelle Bolsonaro: “Hoje o Brasil sabe o que é um governo justo”

Claramente emocionada, a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro (PL), abriu a série de discursos no carro alegórico posicionado na altura da rua Peixoto Gomide.

Após agradecer a participação dos apoiadores, Michelle relembrou o atentado sofrido por Bolsonaro em 2018, quando o ainda candidato a presidente correu sério risco de morte.

“Agradeço a vocês que saíram da zona de conforto para defender seus valores. Os valores cristãos. Em um momento tão difícil da história. Estamos sofrendo porque exaltamos o nome de Deus no Brasil. Meu marido declarou que era Deus acima de todos”. 

“Aprendi naquele leito de hospital: não cai um fio de cabelo de uma pessoa se Deus não quiser. Eu me fortaleci em Cristo naquele dia. Hoje o povo brasileiro sabe a diferença de um governo justo e de um governo ímpio. O assassinato de reputações é diário. Mas há algo mais forte para que continuemos a lutar por nossa nação”, alertou.

Nikolas Ferreira: “Se essa persona non grata voltou a ser presidente não temos direito de desistir”

Na sequência, o discurso do deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) começou com um alerta. 

“Vocês sabem que vir aqui hoje é como ter um alvo gigante nas costas”, afirmou Gayer.

“Gostaria de agradecer a presença dos mais de 100 deputados. Estamos do lado certo. A Paulista lotada, de lado lado é um recado para nós mesmos, que não iremos desistir”, ressaltou.

Já o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) citou a Bíblia para exemplificar como o povo deve atuar pela volta do estado democrático de direito

“Moisés não chegou a ver a terra prometida, mas Caleb conseguiu. Não temos direito de ter menos persistência que nosso inimigo. Se aquela persona non grata conseguiu ser presidente após 12 anos, não podemos desistir de ver um Brasil verde e amarelo”, insistiu.

O senador Magno Malta (PL-ES) discursou logo após Nikolas Ferreira, e pediu que os representantes dos três poderes respeitem seus limites.

“Eu sou senador e conheço a Constituição. O Brasil precisa voltar a ser um estado democrático de direito”, alertou.

Antes de finalizar, Malta também repreendeu os recentes ataques ao estado de Israel feitos pelo presidente Lula.

“O presidente ousou tocar no Holocausto, no sofrimento de 6 milhões de judeus que morreram pela ditadura de Hitler.

Tarcísio de Freitas: “Eu não era ninguém e Bolsonaro acreditou em mim”.

O governador Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) priorizou um discurso patriótico, relembrando o apoio que recebeu de Jair Bolsonaro para vencer as eleições em São Paulo.

“O brasileiro estava com saudade de vestir verde e amarelo. Um gesto de amor ao nosso país e ao estado democrático; sem censura, com segurança jurídica e justiça social”, destacou.

“Eu quero lembrar que não era ninguém, mas ele (Jair Bolsonaro) acreditou em mim. Ele sempre deu crédito para quem trabalhava com ele”, relembrou o governador, citando algumas medidas do governo Bolsonaro, como o auxílio emergencial na pandemia, o marco do saneamento básico e os quase 500 mil títulos de propriedades para assentados da reforma agrária.


“Ele levou água para o Nordeste”, reiterou Tarcísio.

 

Jair Bolsonaro: “Eu quero pacificação e quem depredou no 8 de janeiro que pague”

O discurso mais aguardado foi o do ex-presidente Jair Bolsonaro, precedido pelo do pastor Silas Malafaia. Claramente, o mais exaltado entre os participantes do ato, o religioso repudiou com veemência os recentes  ataques de Lula a Israel.

“Todo o meu repúdio ao presidente Lula. A declaração dele foi uma vergonha no mundo inteiro. Ele recebeu elogios dos assassinos do Hamas”, lamentou.

Após a longa fala de Malafaia, Bolsonaro apanhou o microfone para dar sua versão sobre os incidentes recentes que o envolveram. 

“O povo não merece estar vivendo os males de hoje. Mas como diz a Bíblia, nós fazemos tudo o que está ao nosso alcance. O que não for possível, entregamos nas mãos de Deus”, ponderou.

“Me lembro quando fui covardemente agredido em Juiz de Fora e um ex-PSOL me esfaqueou, o Dr. Macedo fez um milagre. Eu só pedi a Deus que não deixasse orfã a minha filha, Laura, então com 7 anos”, recordou.“Quando decidi ser presidente sabia que teria de fazer algo diferente dos outros”, destacou o ex-presidente, citando o trabalho dos ex-ministros Tarcísio (Infraestrutura), Marcos Pontes (Tecnologia), Teresa Cristina (Agricultura).

“Fizemos o possível durante a pandemia, com o auxílio emergencial que pagamos para quase 68 milhões de pessoas. O Paulo Guedes foi um gigante da economia”, destacou Bolsonaro, completando com dados sobre medidas concluídas em seu mandato, como os títulos de propriedade e a lei da liberdade econômica.

Sem citar diretamente nenhum membro do STF ou do governo Lula, Jair Bolsonaro não deixou de comentar as acusações que têm recebido sobre uma suposta tentativa de golpe de estado.

“Desde 2018 tenho levado pancada: é joia, é baleia, dinheiro para fora do país…Depois veio a minuta do estado de defesa e estado de sítio. O conselho de defesa sequer foi consultado e é o parlamento quem decide”, reiterou.

“O que eu desejo é pacificação. Pedimos aos 513 deputados e 81 senadores que eles trabalhem pela anistia (dos presos do 8 de janeiro”. Quem fez a quebradeira, que pague”, concluiu. 

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